domingo, junho 22, 2008

Viagem & Conversa - Linda demais!


Bebel já está por aqui... não propriamente em Brasília, em Caldas Novas. Depois de cinco meses e dez dias longe, ela ainda não chegou para mim. Vamos ver se isso acontece até o final deste domingo. O mais provável é que eu a veja só amanhã, de manhã, se é que ela chega antes que eu saia pro trabalho.

(Quando ela ler este post, vai dizer que sou dramática e que viajou porque era preciso e que, além disso, ficará pelo menos dois meses, desta vez, em casa. Mas eu sei, na idade dela eu só queria... eu só pensava em namorar, em ficar com meus amigos. Horas longe do meu amor ou da minha turma e eu começava , em família, a ensaiar crise de abstinência.)

Na quinta-feira, 19, às quatro da tarde, Bebel aeroportou em Brasília, diretamente de Haia/Amsterdam, via Lisboa. Naquele exato momento eu estava em Congonhas, numa conexação para Londrina, Paraná: viagem de trabalho. Eu sem atentar à data que ela chegaria, concordei com a viagem e só voltaria na noite deste domingo porque faria um passeio pelas redondezas de Maringá. Visitaria uns vinhedos. Mudei a passagem para que a casa e nem as cachorras passasem mais de dois dias sozinhas.

Esta noite sonhei que estava com Bebel. Olhávamos incrédulas para uma senhora de vestido comprido e florido, todo mimoso, com parte do rosto escondida por uma sombrinha, daquelas antigas, enfeitadas de renda.

- Mãe não pode ser a Vó Elza num vestido assim.
Isso não se usa mais.
Elza retrucou que continuaria se vestindo daquele jeito e pronto! Eu e Bebel começamos a nos afastar, aborrecidas. Descíamos uma espécie de morro cheio de plantas e, num determinado momento, olhamos para trás e... aquela mulher à distância era linda demais! Era jovem e posava para um fotógrafo. Ficamos maravilhadas com aquela visão e... acordei.

Tenho que acabar este post. Minha irmã chega com Carol, Mariana e Dênis pra almoçar o macarrão de sempre. Mas como minha irmã não é mulher de botar um prato só à mesa, chega com a cesta trançada de taquaras de bambu, cheia de coisinhas para uma bela salada.

Ah! antes que me esqueça! Ontem, quando fui dormir encontrei em cima da cama o livro: "Time to Travel/ Travel in Time: to Germanys,s finest stately homes, gardens, castles, abbeys and Roman remains ". Na primeira página a dedicatória:

Para minha linda e amada mamãe, meu modelo de viajante, para sempre.
Da filhota, Bebel
Berlin, maio 2008Acima: Mulher com sombrinha
Claude Monet

3 comentários:

  1. Clarinha, acho que este lindo poema de Vinícius de Moraes diz muito o que você deve estar sentindo com a chegada da Bebel.

    Bjks, Xeyla

    Canção do amor que chegou

    Eu não sei, não sei dizer
    Mas de repente essa alegria em mim
    Alegria de viver
    Que alegria de viver
    E de ver tanta luz, tanto azul!
    Quem jamais poderia supor
    Que de um mundo que era tão triste e sem cor
    Brotaria essa flor inocente
    Chegaria esse amor de repente
    E o que era somente um vazio sem fim
    Se encheria de cores assim

    Coração, põe-te a cantar
    Canta o poema da primavera em flor
    É o amor, o amor chegou
    Chegou enfim

    ResponderExcluir
  2. Clara,

    É assim...
    Eles eram tão dependentes da gente e hoje somos nós que precisamos da esperança, juventude e do amor que nossos filhos nos dão...
    Podermos trocar carinhos, confidências, "montinhos"... É demais!
    Beijo.

    Sueli

    ResponderExcluir
  3. Clara,

    Lembra que te falei do show da Alice Ruiz/Alzira Espíndola que assistimos em Pirenópolis? Lembra da música que me emociona toda vez que eu ouço?

    Segue abaixo:

    Para elas

    amor que se dedica
    amor que não se explica
    até quando se vai
    parece que ainda fica
    olhando você sair
    sabendo que vai cair
    deixar que saia
    deixar que caia

    por mais que vá sofrer
    é o jeito de aprender
    e o teu caminho
    só você vai percorrer
    se você vence, eu venço
    se você perde, eu perco
    e nada posso fazer
    só deixar você viver

    enchemos a vida
    de filhos
    que nos enchem a vida
    um me enche de lembranças
    que me enchem
    de lágrimas
    outro me enche de alegrias
    que enchem minhas noites
    de dias
    outro me enche de esperanças
    e receios
    enquanto me incham
    os seios

    amor que se dedica
    amor que não se explica
    até quando se vai
    parece que ainda fica
    olhando você sair
    sabendo que vai cair
    deixar que saia
    deixar que caia

    por mais que vá sofrer
    é o jeito de aprender
    e o teu caminho
    só você vai percorrer
    se você vence, eu venço
    se você perde, eu perco
    e nada posso fazer
    só deixar você viver

    só olhar você sofrer
    só olhar você aprender
    só olhar você crescer
    só olhar você amar
    só olhar você...

    ResponderExcluir