sábado, junho 21, 2008

Música - Deusa do asfalto

Adelino Moreira


(Ver post anterior)
Um dia/Sonhei um porvir distante/E coloquei no meu sonho/
Um pedestal bem alto

Não podia/E por isso me condeno/Sendo do morro e moreno/
Amar a deusa do asfalto.

Um dia/Ela casou com alguem/Lá do asfalto também/
E dizem que bem lher quer
E eu/Triste boêmio da rua/
Casei-me também com a lua/Que agora é minha mulher
É cantando/Que carrego a minha cruz/
Abraçado ao amigo violão

É é é é é/ Cantando/Que afasto do coração
Essa mágoa/Que causou a minha dor
Se não fosse/O amigo violão/
Eu morria de saudade e de dor.

Nascido em Porto, Portugal, com um ano de idade veio para o Brasil, indo morar em Campo Grande, subúrbio do Rio. Aos 20 anos, começou a aprender bandolim, passando logo após à guitarra portuguesa. Seu pai era o patrocinador do programa Seleções Portuguesas, na Rádio Clube do Brasil, dirigido pelo maestro Carlos Campos, seu professor de guitarra. Sendo assim, conseguiu atuar em seu programa como cantor.

Convidado por Braguinha, gravou seis discos na Continental nessa época. Em 1945, começou a tocar violão. Três anos depois voltou a Portugal, gravando canções brasileiras. Retornando ao Brasil, no início dos anos 50 intensificou sua atividade de compositor. Em 1952, conheceu o cantor Nelson Gonçalves e iniciaram uma intensa parceria. Em geral Adelino compunha e Nelson gravava, mas em algumas músicas como o bolero "Fica Comigo Esta Noite", os dois assinaram em dupla.

A primeira canção gravada por Nelson foi "Última Seresta" (1952), seguida de inúmeras outras que passaram a dominar os discos do cantor – normalmente sambas-canções dramáticos – dos quais destacam-se o clássico "A Volta do Boêmio" (que vendeu a astronômica cifra de um milhão de cópias), "Meu Dilema", "Escultura", "Meu Vício É Você", "Doidivana", "Deusa do Asfalto", "Êxtase", "Flor do Meu Bairro", entre outras.

Fonte: www.cliquemusic.uol.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário