domingo, junho 28, 2009
Filmes da minha vida... ou a rosa que ficou na estrada...
Os filmes que listei abaixo não estão neste blog por acaso. E não falei sobre eles com alguma pretensão de profunda conhecedora. Mas porque a emoção de tê-los vistos dura minha vida toda.
Sou os filmes que assisti, os livros que li, as histórias que me contaram, as viagens que fiz e tudo o que perdi pela estrada, inclusive aquela rosa vermelho encarnado, no caminho entre a fazenda dos pais de Carlos Maciel, grande amigo de adolescência meu e do meu primo Flávio Pellicano. Não vi o Carlos virar adulto, nem começar a envelhecer. Sei que se casou com uma menina linda, que é médico e vive, me parece, em Belo Horizonte.
Era 1967, minha tia Gracy Guimarães Pellicano, mãe do Flávio, morava, então, na mesma rua da linda casa dos pais do Carlos. Eram férias de verão. Fomos, uma turma grande, para o casamento, em São Lourenço, de uma das irmãs da segunda família do pai da tia Gracy, Aristhides, que havia ficado viúvo quando ela era pequena.
Viagem inesquecível. Fomos de ônibus daqueles "leiteiro" que param em qualquer lugar e pela primeira vez horizontes, curvas, montanhas e céu descortinavam-se aos meus olhos para dentro de Minas Gerais. Na minha primeira infância viajei muito de ônibus e trem, mas sempre já entrando em direção à São Paulo e, depois, Paraná.
Como vocês sabem e já disse o poeta (qual mesmo?), Minas são várias. E pela primeira vez, cidadezinhas como Brasópolis passaram a fazer parte do meu mapa do Brasil. Quando voltamos a Ouro Fino, os pais do Carlos retribuiram com um almoço na fazenda da família, o convite feito ao filho para a viagem a São Lourenço. Lembro-me que entre tantos pratos servidos, havia um de pombos ao molho. Sim, foi a primeira e única vez que comi pombos. Os pais do Carlos fizeram questão de nos dizer que não eram daqueles pombinhos brancos não, para que ninguém ficasse com pena dos bichinhos. Eram pombos destinados à panela mesmo.
Lembro-me também que, para meu espanto adolescente, a ordenha do leite era feita, isso há 42 anos, toda mecanizada. Tudo muito diferente do que acontecia na fazenda do meu tio Mário Siqueira, por exemplo. Bem, mas falemos da rosa que ficou pela estrada...
Foi assim... Um dos meninos da fazenda, vendo meu encantamento, me deu esta rosa que era daquelas enormes e repolhudas, do jardim da casa dos pais do Carlos. E, na volta, vínhamos todos na traseira da caminhonete e eu segurando minha preciosa. Mas, eis que, de repente, um solavanco e... a rosa me escapa das mãos. Eu poderia ter pedido ao motorista que parasse. Afinal, por aquelas estradas, andava-se bem devagar. Mas, tímida, me calei. E fui me despedindo daquela linda flor até a primeira curva da estrada... Bem, contei pra vocês uma das lições que tive nesta vida: "a arte de perder não se tarda a aprender."
Sobre o Carlos Maciel, reside mesmo em BH. É diretor de um hospital. Tbm meu amigo, jogamos futebol algumas vezes juntos. Ele se casou com a Cláudia, filha do meu padrinho de batismo Acácio Paulini (já falecido). Fui mais amigo do primo dele Wilson Maciel, que mora hoje em Mato Grosso - MT - cidade de Colider e me proporcionou uma ótima pescaria no Rio Teles Pires, em 2006, oferecendo sua casa e conhecimentos da região.
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