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Era assim. Quando morávamos em Arapongas, Paraná (1957/63), meu pai muitas vezes viajou sozinho para visitar meus avós, Dante e Maria Amélia (Dona Quinha), em Ouro Fino. E quase sempre fazia uma parada, apenas um pernoite, em São Paulo. E aproveitava para assistir dois ou mais filmes que iluminavam as nossas noites de crianças. Ele adorava contar os filmes nos mínimos detalhes para minha mãe e nós alí escutando. Ele dramatizava tanto a história que quando não estávamos nos acabando de rir, estávamos nos acabando de chorar ou até tremendo de medo...Este filme, particularmente, é de se acabar de chorar. Em plena Segunda Guerra, um soldado, depois de ter destruído heroicamente dois tanques inimigos, consegue uma licença para retornar à sua terra para reencontrar a mãe. Mas a viagem, basicamente de trem, passando por várias aventuras, inclui o encontro com uma jovem por quem se apaixona. Acontece tanta coisa na jornada e ela demora tanto que quando o soldado chega em casa, mal tem tempo de beijar a mãe e já precisa retornar.
"Em 1960, o filme "A Balada do Soldado" de Grigori Chukhrai teve triunfante repercussão no circuito internacional, ganhando vários prêmios em diversos festivais como: Cannes, Sao Francisco, Londres e Milão, antes mesmo de receber o prêmio Lenin em casa. Para os russos, ele é considerado um dos melhores e mais respeitáveis filmes sobre a Segunda Guerra Mundial. A glória da guerra e o sacrifício coletivo foi celebrado em um monumental épico do período pós-guerra. Era tempo de reconhecer os custos individuais, os pequenos atos de bondade, bravura e generosidade do ser humano vivendo em tempos difíceis." (www.interfilmes.com.br)Eu nunca vi o filme. Só me lembro do relato do meu pai. Pra quem se interessar, está disponível em DVD.
Vejam alguma cenas:
http://www.youtube.com/watch?v=5AuEiRzZdBQ
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