
Para Bebel que retorna, nesta quinta-feira, a esta nossa Sorrento,
terra amorosa
sem mar, mas de céu quase sempre muito azul
Um anjinho abriu as asas
e iluminou
o quarto escuro dos meninos
que choravam
de medo
das baratas
dos morcegos
dos urubus
e de todos os bichos
que chegam
no meio da noite
soltando fogo pela boca
pelos olhos
pelo nariz
enchendo a noite de pavores
calores
e calafrios.
O anjinho apagou o sonho mau dos meninos
que dormiram contando
os carneirinhos do céu.
Escrito quando a Bebel era bebê e eu só retornava do trabalho muito tarde
quando ela estava já dormindo.
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