sábado, agosto 01, 2009

Viagem & Conversa - Elegância no quintal...

Estes são dois dos cinco filhos varões, como se dizia antigamente, dos meus avós maternos, Venerina e Giuseppe. Os outros três mais novos são, pela ordem: Ângelo, Byron e José. Meus avós tiveram também quatro filhas, por ordem de idade: Tereza, a mais velha, falecida recentemente, aos 91 anos; Nair, 84 anos, vive rodeada de filhos, netos e bisnetos, em Itaúna, Minas Gerais; Elza, minha mãe, falecida aos 50 anos, completaria 81 anos, agora em setembro, e Isolet, a mais nova das mulheres, 76 anos, vive em Brasília, também rodeada de filhos, netos e bisnetos.

Dos filhos varões (legal essa palavra, não é mesmo?), Ângelo ficou viúvo recentemente, completou 86 anos em 23 de maio passado e vive com o filho Edson e a nora Mariângela, em Taguatinga (DF). Tio Zezinho, também viúvo, tem 74 anos, vive em Londrina com filhos e netos. Walter e Byron faleceram, acho que perto dos 80 anos. Walter em São Bernardo (SP), já era viúvo. Tio Byron, em São Sebastião do Paraíso (MG), deixou viúva a Tia Ilce, filhas, netos e uma linda bisneta, a Laurinha.

Esta foto, veio do espólio do meu primo Paulo. Mostra tio Walter, à esquerda, e tio Ido, ainda solteiros. A foto foi tirada com máquina fotográfica, acho que de alguém da família da tia Elvira, cunhada da Vó Ina. Essa tia sempre teve de tudo, até geladeira, quando isso era um luxo só! Mas pode ter sido emprestada do Péres, o fotógrafo mais antigo de Ouro Fino, que tinha um interessante jogo de marketing. Colocava as máquinas à disposição de clientes e, em troca, ganhava vendendo filmes, revelando e copiando as fotos. Eu mesmo, quando bem jovem, aluguei máquinas do Péres, daquelas que ainda tinhamo visor na parte de cima...

O interessante dessas fotos antigas é que as pessoas sempre procuravam se mostrar o melhor possível: nas roupas, nas poses e fisionomias. Agora, parece que a moda é fazer caretas e eposições que minha avó chamaria de descompostas ou mesmo sem decoro. De fundo, colocaram uma toalha ou lençol para esconder o muro, bastante maltratado. A foto mostra que meus primos, filhos dos tios Ido e Walter são a cara dos pais.

Segundo minha mãe e minhas tias, tio Ido era um homem muito quieto, tímido e reservado. Por isso, quando chegava do serviço, primeiro no depósito de fumo da família e depois como balconista da Casa Caponni, tratavam de lhes servir as refeições e logo se retiravam porque ele não gostava de muita conversa por perto. Tio Walter era muito bravo e não as deixavam andar de bicicleta, namorar ou vestir calças compridas. Mas ficou bem flexível depois que se apaixonou por tia Santa, a moça mais de vanguarda da cidade. Imagine vocês que, na década de 40, ela posou pra fotos usando roupa de banho de duas peças. "Minha mãe era uma sereia", dizia meu primo Paulo.

Tio Ido casou-se muito jovem. Teve seis filhos. Morreu aos 31 anos de problemas renais.

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