Dulce Helena, casada com meu primo Amélio Favilla, me contou que quando estava prestes a se casar, tia Lourdes Guimarães, chegou-lhe com este mimo: "Aqui meu bem, esta sacolinha pra você comprar pão pro teu amor".
É uma sacolinha linda de linha azul marinho e uma chamativa argola de plástico, feita por ela mesma, crocheteira e tricoteira prendada. Se fosse a argola também recoberta, a sacolinha viraria uma bolsa e poderia compor um traje requintado. Tia Lourdes também fazia lindos caminhos de mesa e toalinhas de feltro, enfeitados de flores minúsculas e coloridas recortadas por moldes especiais em metal. Na verdade é minha tia postiça, irmã da Tia Gracy, que foi casado com o mais velho dos irmãos da minha mãe, o tio Ido. Falecido aos 31 anos, tio Ido deixou tia Gracy viúva com seis filhos, o mais velho, José Carlos Pellicano, de apenas dez anos.
Antes de morrer, de uma doença grave nos rins, tio Ido chamou este meu primo e disse-lhe que cuidasse da mãe e dos irmãos. Cao, como nós o chamávamos quando crianças, respondeu-lhe que sim, que cuidaria de tudo e que, quando crescesse, compraria uma casa pra a mãe. Não chegou a comprá-la, mas sempre cuidou de todos. O primeiro emprego que teve, ainda adolescente, foi de office-boy do extinto Banco Moreira Salles.
Mas voltemos à sacola de crochê. Tia Lourdes é, na verdade, prima muito, muito mais velha da Dulce Helena. Professora primária aposentada ainda crochetava depois dos 90 amos. Olhos de menina e mãos de seda. Nunca se casou, mas muito amou. Amores que já se foram desta pra melhor. Sem perspectiva de vir a se casar, nunca deixou de ficar feliz com os casamentos que aconteciam na família. Amorosa, agraciava as noivas com mimos, como a bolsa azul, azulão, que enfeita, hoje, a cozinha do apartamento dos meus primos Dulce e Amélio, em Ouro Fino. A bolsa aparenta tão nova que parece ter sido feita ainda ontem.
É uma sacolinha linda de linha azul marinho e uma chamativa argola de plástico, feita por ela mesma, crocheteira e tricoteira prendada. Se fosse a argola também recoberta, a sacolinha viraria uma bolsa e poderia compor um traje requintado. Tia Lourdes também fazia lindos caminhos de mesa e toalinhas de feltro, enfeitados de flores minúsculas e coloridas recortadas por moldes especiais em metal. Na verdade é minha tia postiça, irmã da Tia Gracy, que foi casado com o mais velho dos irmãos da minha mãe, o tio Ido. Falecido aos 31 anos, tio Ido deixou tia Gracy viúva com seis filhos, o mais velho, José Carlos Pellicano, de apenas dez anos.
Antes de morrer, de uma doença grave nos rins, tio Ido chamou este meu primo e disse-lhe que cuidasse da mãe e dos irmãos. Cao, como nós o chamávamos quando crianças, respondeu-lhe que sim, que cuidaria de tudo e que, quando crescesse, compraria uma casa pra a mãe. Não chegou a comprá-la, mas sempre cuidou de todos. O primeiro emprego que teve, ainda adolescente, foi de office-boy do extinto Banco Moreira Salles.
Mas voltemos à sacola de crochê. Tia Lourdes é, na verdade, prima muito, muito mais velha da Dulce Helena. Professora primária aposentada ainda crochetava depois dos 90 amos. Olhos de menina e mãos de seda. Nunca se casou, mas muito amou. Amores que já se foram desta pra melhor. Sem perspectiva de vir a se casar, nunca deixou de ficar feliz com os casamentos que aconteciam na família. Amorosa, agraciava as noivas com mimos, como a bolsa azul, azulão, que enfeita, hoje, a cozinha do apartamento dos meus primos Dulce e Amélio, em Ouro Fino. A bolsa aparenta tão nova que parece ter sido feita ainda ontem.
Realmente é uma sacola muito linda, feita por mãos de fada...Sempre que estou em Ouro Fino vou ver a Lourdes e bater um "papinho", ela é de boa conversa e gosta muito da Dulce Helena: pergunta de todo mundo e tem uma ótima memória...
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