Derreter gelo para ter água para beber, comer alimentos desidratados, suportar o frio e o cansaço são algumas das experiências vivenciadas por ela e os quatro companheiros de viagem. Dos cinco do grupo, apenas Tina e o cunhado,Luciano Favilla, alcançaram o cume do Aconguága!
A publicitária caxiense Cristina Nabinger, radicada em Brasília, conseguiu alcançar o pico da mais alta montanha das Américas e a maior fora da Ásia. Como ela, muitos se arriscam nessa aventura em território argentino, mas poucos chegam lá. Para vencer a montanha, foram 10 dias de caminhadas, enfrentando temperaturas de 20 a 30 graus Célsius abaixo de zero, ventos fortes e muita neve. Cristina chegou ao cume dos 6.959 metros do Aconcágua pela face Norte, às 14h30min do dia 29 de dezembro de 2008.
– Caminhar até aquelas pedras não foi fácil, não. Cheguei ao topo exausta, me arrastando. Não foi o momento mais bonito e emocionante da expedição, mas, com certeza, o mais marcante – avalia Cristina, a Tina, 37 anos.
Tina conta o que fez ao chegar no alto do Aconcágua: – Me sentei em uma pedra e tomei um chá que havia preparado sete horas antes, na barraca. Tirei algumas fotos, que não ficaram boas, troquei cumprimentos com os demais que estavam no cume e assinei o livro de registro. Decidi voltar logo. A neblina cobria quase todo o visual e a neve começou a cair – recorda. A emoção de ter superado seus limites e cumprido até o fim a aventura só veio depois, na descida.
– Os sintomas não podem ser camuflados com medicamentos. É preciso respeitar e assumir o estado fisiológico e, se for o caso, voltar mais cedo para casa. Cada organismo reage de uma maneira à altitude, independente do nível de preparo físico alcançado com os treinamentos – diz Tina, que voltou ao Brasil em 6 de janeiro.
Durante as caminhadas, desde o Parque Provincial do Aconcágua, localizado na rodovia que liga a Argentina ao Chile, até o primeiro acampamento, a 4,3 mil metros de altitude, Tina afirma que em diversos momentos se lembrou dos passeios que realizou na infância, em Caxias do Sul, com grupos de escoteiros e bandeirantes.
– Sozinha, na tarde cinzenta, ao visualizar a grande trilha do Grand Acarreo colorida de branco pela neve, me veio um calorão e lágrimas. Deu vontade de rir, correr, pular e gritar – ressalta. Tina participou da expedição acompanhada do marido, Enrico Magalhães Favilla, 38, dos cunhados Luciano, 36, e Bruno Magalhães Favilla, 36, e do amigo Paulo Márcio Araújo, 36. Entretanto, apenas ela e Luciano chegaram ao cume. Os demais desistiram por cansaço e mal-estar.
Embora a face Norte do Aconcágua seja a mais simples de ser percorrida, por não exigir técnicas especiais nem equipamentos de escalada, é o lado onde o vento costuma ser mais intenso e o ar rarefeito provoca náuseas, fadiga e dores de cabeça.
– Os sintomas não podem ser camuflados com medicamentos. É preciso respeitar e assumir o estado fisiológico e, se for o caso, voltar mais cedo para casa. Cada organismo reage de uma maneira à altitude, independente do nível de preparo físico alcançado com os treinamentos – diz Tina, que voltou ao Brasil em 6 de janeiro.
Durante as caminhadas, desde o Parque Provincial do Aconcágua, localizado na rodovia que liga a Argentina ao Chile, até o primeiro acampamento, a 4,3 mil metros de altitude, Tina afirma que em diversos momentos se lembrou dos passeios que realizou na infância, em Caxias do Sul, com grupos de escoteiros e bandeirantes.
– Foi o despertar do meu espírito aventureiro.
Com este feito Tina se torna a primeira gaúcha a pisar no topo do Aconcágua! Parabéns!
Atenção, este texto foi retirado do endereço abaixo:
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