segunda-feira, julho 13, 2009

Estrada de terra que liga Ouro Fino à Borda Mata, via Francisco Sá

Era de manhã, segunda-feira, 08 de maio. Saí de Ouro Fino, levada pelo meu taxista predileto, Odorico Butti, com o firme propósito de conhecer a casa que foi o primeiro lar de meus pais quando se casaram, em dezembro de 1948, no bairro Rural de Francisco Sá. Só tive mais ou menos certeza sobre a casa, mostrando a foto, publicada num dos últimos posts, aos meus tios Ângelo e Isolet Pellicano, no último domingo, 12 de julho.

Poderia ter feito isso com meus pais ainda vivos. Mas quando se é jovem quem se importa com tais resgastes? Ainda não vivemos o suficiente para querer explicações sobre quem somos, de onde viemos. O momento nos é suficiente. Não temos passado. E, com os pés fincados no presente, só temos olhos para o futuro.
Depois desse lindo morro já estamos no municipio de Borda da Mata, vizinho ao de Ouro Fino.

Mais precisamente estamos no Bairro Rural de Bogari, nome popular de um tipo de jasmim, aquele mais simplezinho de todos, os de pétalas pequenas, mas igualmente perfumoso. Onde se vê este campo de futebol bem tratado, verdinho, existia uma pequena estação da Viação Férrea de Sapucai, a mesma que servia Francisco Sá e Ouro Fino.
Em frente à estação, inaugurada em 1931 e demolida, continua existindo o mesmo comércio de antes. Algumas das casas também sobrevivem. Em Bogari viveu a avó de Helena Zucarelli, casada com meu primo José Carlos Pellicano. Lena, filha do Seu Zé Açucar, como era conhecido o seu pai, também arrastada pela saudade, esteve por lá, não faz muito tem. E me disse que tá tudo mudado, tudo meio vazio e sem o movimento de antes.

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