Neste mesmo festival do neo-realismo italiano, que vi em novembro de 1972, lembro-me muito bem de como me impactou o filme Europa 51. De uma tristeza e profundidade inesquecíveis.Após a morte do filho de 12 anos, mulher milionária e linda (Ingrid Bergman) entra em profunda crise. Um primo comunista tenta ajudá-la a encontrar novo sentido para a vida, mas ela acaba sendo presa. Considerada louca, é internada numa clínica psiquiátrica.
O trágico é que o menino vivia em solidão absoluta com os pais alheios ao que se passava. Morre de uma queda na escadaria da casa da família, na verdade suicida-se o que apenas fica implícito no filme. A mãe, então, procura um sentido para a vida, visitando os bairros pobres de Roma do pós-guerra. Filme sem final feliz. Se não assistiu e quiser assistí-lo, prepare-se!
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