Em 1998, nos meses que antecederam a reeleição do então presidente Fernando Henrique Cardoso, Dona Ruth despachava pelo menos duas vezes por semana, no escritório do comitê de campanha, aqui em Brasília. Foram meses particularmente nervosos, com a especulação correndo solta e uma queda de braço feroz com a oposição em torno da privatização do Sistema Telebrás.
Eu trabalhei na retaguarda da campanha, produzindo análises econômicas e respondendo entrevistas do candidato em cima do programa para o eventual segundo mandato. Fiz parte da equipe chefiada pela querida e inesquecível Carmem Kosak. Dona Ruth sempre chegava ali, naquele prédio do Setor Comercial Norte,disposta, sorridente e bem vestida. Era uma passagem solene, não se intimidava com a gritaria e movimento de dezenas de repórteres, fotógrafos e cinegrafistas. Passava impassível, apenas cumprimentando a todos e dirigia-se com a equipe para o gabinete que lhe fora reservado.
Mas uma vez se deteve e, com a classe de sempre, passou um sabão no reportariado insano. É que havia chegado ao comitê acompanhada de uma senhora que não foi reconhecida, de imediato, pela imprensa. De repente, a Soninha Carneiro, repórter-trator de rádio deu um berro: Quem é essa mulher que tá com a Dona Ruth? Quem é essa mulher? E a resposta também veio de outro repórter, aos berros: Não sabe quem é não? É a mulher do José Gregory, é a mulher do José Gregori (Secretário de Direitos Humanos e depois assessor presidencial).
Dona Ruth que já havia se distanciado da entrada, retorna, pede silêncio e diz:
- Esta mulher que me acompanha tem nome. Ela se chama Maria Helena Gregori. Tem também profissão. É professora, minha assessora e amiga pessoal. Sim, ela é casada com José Gregori.
Quem se atreveu a retrucar? Ninguém.
Grande Dona Ruth!
Eu trabalhei na retaguarda da campanha, produzindo análises econômicas e respondendo entrevistas do candidato em cima do programa para o eventual segundo mandato. Fiz parte da equipe chefiada pela querida e inesquecível Carmem Kosak. Dona Ruth sempre chegava ali, naquele prédio do Setor Comercial Norte,disposta, sorridente e bem vestida. Era uma passagem solene, não se intimidava com a gritaria e movimento de dezenas de repórteres, fotógrafos e cinegrafistas. Passava impassível, apenas cumprimentando a todos e dirigia-se com a equipe para o gabinete que lhe fora reservado.
Mas uma vez se deteve e, com a classe de sempre, passou um sabão no reportariado insano. É que havia chegado ao comitê acompanhada de uma senhora que não foi reconhecida, de imediato, pela imprensa. De repente, a Soninha Carneiro, repórter-trator de rádio deu um berro: Quem é essa mulher que tá com a Dona Ruth? Quem é essa mulher? E a resposta também veio de outro repórter, aos berros: Não sabe quem é não? É a mulher do José Gregory, é a mulher do José Gregori (Secretário de Direitos Humanos e depois assessor presidencial).
Dona Ruth que já havia se distanciado da entrada, retorna, pede silêncio e diz:
- Esta mulher que me acompanha tem nome. Ela se chama Maria Helena Gregori. Tem também profissão. É professora, minha assessora e amiga pessoal. Sim, ela é casada com José Gregori.
Quem se atreveu a retrucar? Ninguém.
Grande Dona Ruth!
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