Sou do tempo que se aprendia poemas de Olavo Bilac, Gonçalves Dias, Castro Alves, no primário. E mesmo antes de entrarmos nas escolas, muitos desses poemas com regras de bom viver, de exaltação nacional ou impregnados de religiosidade, nos eram repassados por pais, tios ou primos mais velhos.
Meus colegas de trabalho, a maioria com menos da metade da minha idade, acham graça em versos que às vezes solto ao longo do dia. Versos que trago na memória e perfeitos para certas horas como o Ave Maria, do principe dos poetas, Olavo Bilac. O poema é cheio de exclamações e reticências, pontuações que por si mesmas já o envelhecem:
Meu filho! termina o dia...
A primeira estrela brilha...
Procura a tua cartilha,
e reza a Ave Maria.
(...)
Reza, e procure o teu leito,
Para adormecer contente;
Dormirás tranquilamente,
Se disseres satisfeito:
"Hoje, pratiquei o bem:
Não tive um dia vazio,
Trabalhei, não fui vadio,
E não fiz mal a ninguém."
Usualmente recito apenas a última estrofe para encerrar meu dia de trabalho com uma certa, vamos dizer, graça. Mas, depois de procurar e achar o poema completo, na internet, vi como soaria anacrônico ensiná-lo às criancinhas de hoje. Vejam os dois primeiros versos da segunda estrofe:
O gado volta aos currais...
O sino canta na Igreja ...
Quem escuta sinos numa cidade grande e barulhenta? Dificilmente também captariam o sentido do movimento do gado em direção ao curral. Os horários de hoje são determinados pelos programas de televisão ou por rotinas que fazem parecer o meu mundo de criança perdido no tempo e no espaço... como as exclamações e reticências de Bilac.
Para ler na íntegra do Ave Maria e outros poemas feitos para crianças, clique abaixo:
http://www.scribd.com/doc/3347644/Literatura-Olavo-Bilac-Poesias-Infantis
Meus colegas de trabalho, a maioria com menos da metade da minha idade, acham graça em versos que às vezes solto ao longo do dia. Versos que trago na memória e perfeitos para certas horas como o Ave Maria, do principe dos poetas, Olavo Bilac. O poema é cheio de exclamações e reticências, pontuações que por si mesmas já o envelhecem:
Meu filho! termina o dia...
A primeira estrela brilha...
Procura a tua cartilha,
e reza a Ave Maria.
(...)
Reza, e procure o teu leito,
Para adormecer contente;
Dormirás tranquilamente,
Se disseres satisfeito:
"Hoje, pratiquei o bem:
Não tive um dia vazio,
Trabalhei, não fui vadio,
E não fiz mal a ninguém."
Usualmente recito apenas a última estrofe para encerrar meu dia de trabalho com uma certa, vamos dizer, graça. Mas, depois de procurar e achar o poema completo, na internet, vi como soaria anacrônico ensiná-lo às criancinhas de hoje. Vejam os dois primeiros versos da segunda estrofe:
O gado volta aos currais...
O sino canta na Igreja ...
Quem escuta sinos numa cidade grande e barulhenta? Dificilmente também captariam o sentido do movimento do gado em direção ao curral. Os horários de hoje são determinados pelos programas de televisão ou por rotinas que fazem parecer o meu mundo de criança perdido no tempo e no espaço... como as exclamações e reticências de Bilac.
Para ler na íntegra do Ave Maria e outros poemas feitos para crianças, clique abaixo:
http://www.scribd.com/doc/3347644/Literatura-Olavo-Bilac-Poesias-Infantis
Nenhum comentário:
Postar um comentário