Ontem, quinta-feira, 30 de julho, fez seis meses que o jornalista Paulo Pelicano, meu primo-irmão, se foi para sempre sem dizer adeus à família e amigos.
Em 19 de abril de 2004, Paulo publicou na Newsletter Comunicadores, o poema de MAIAKOVSKY (foto ao lado), que transcrevo abaixo. O poema foi musicado por Caetano, faz tempo.
Um dia, quem sabe,
ela, que também gostava de bichos,
apareça
numa alameda do zôo,
sorridente,
tal como agora está
no retrato sobre a mesa.
Ela é tão bela,
que, por certo, hão de ressuscitá-la.
Vosso Trigésimo Século
ultrapassará o exame de mil nadas,
que dilaceravam o coração.
Então,de todo amor não terminado
seremos pagos em enumeráveis noites de estrelas.
Ressuscita-me, nem que seja só porque te esperava
como um poeta repelindo o absurdo cotidiano!
Ressuscita-me!
nem que seja só por isso!
Ressuscita-me!
Quero viver até o fim o que me cabe!
Para que o amor não seja mais escravo de casamentos,
concupiscência,salários.
Para que, maldizendo os leitos,
saltando dos coxins,
o amor se vá pelo universo inteiro.
Para que o dia, que o sofrimento degrada,
não vos seja chorado, mendigado.
E que, ao primeiro apelo:
- Camaradas!Atenta se volte a terra inteira.
Para viver livre dos nichos das casas.
Para que doravante a família
seja o pai, pelo menos o Universo
a mãe,pelo menos a Terra.
Clara,obrigada por ama-lo tanto assim...
ResponderExcluirObrigada por sempre lembrar de nosso querido Paulo...mando abaixo uma música que ele adorava e que sempre ouviamos juntos, e agora, todas as vezes que ouço me lembro dele....
ResponderExcluirNão se admire se um dia
Um beija-flôr invadir
A porta da tua casa
Te der um beijo e partir...
Fui eu que mandei o beijo
Que é prá matar meu desejo
Faz tempo que não lhe vejo
Ah! que saudade d'ocê...
Ah! que saudade d'ocê...
He! He! He! He! He! He!
Se um dia ocê se lembrar
Escreva uma carta prá mim
Bote logo no correio
Com frases dizendo assim...
Faz tempo que não lhe vejo
Quero matar meu desejo
Lhe mando um monte de beijo
Ah! que saudade sem fim...
Ah! que saudade sem fim...
Ím! Ím! Ím! Ím! Ím! Ím!
E se quiser recordar
Aquele nosso namoro
Quando eu ía viajar
E ocê caía no choro...
Eu chorando pela estrada
Mas o que eu posso fazer
Trabalhar é minha sina
Eu gosto mesmo é d'ocês!...
Se um dia ocê se lembrar
Escreva uma carta prá mim
Bote logo no correio
Com frases dizendo assim...
Faz tempo que não lhe vejo
Quero matar meu desejo
Lhe mando um monte de beijo
Ah! que saudade sem fim...
Ah! que saudade sem fim...
Ím! Ím! Ím! Ím! Ím! Ím!
E se quiser recordar
Aquele nosso namoro
Quando eu ía viajar
E ocê caía no choro...
Eu chorando pela estrada
Mas o que eu posso fazer
Trabalhar é minha sina
Eu gosto mesmo é d'ocê...
Ah! saudade d'ocê!