Recupei alguns dos e-mails que andei trocando com meu primo Paulo Afonso Favilla, logo depois que iniciei este Blog. Infelizmente não todos. Resolvi publicar alguns porque têm bastante informações sobre nossa família. Os que seguem abaixo são de 16 e março de 2008.
Querido Paulo,
Acho que estamos todos de parabéns pelos fihos que temos. E os nossos pais, pelos filhos que tiveram. Afinal tudo o que temos, conseguimos com muita dedicação, suor e trabalho, não é mesmo? Sei que sua vinda e a da Martinha pra Brasília não foi fácil. Saíram daquele ninho, daquela cidade onde eram tão queridos para abrirem o próprio espaço aqui. Eu tive a vantagem de chegar com meus pais, sob as asas deles. E meus pais tiveram aqui a acolhida da Tia Lourdes, que Deus a tenha!!!
Infelizmente meus pais morreram muito cedo e sem a compreensão, sem a consciência da grande saga que foi a vida deles: expadiram nossos horizontes, nos deram um monte de oportunidades ao saírem com a cara e coragem, primeiro de Ouro Fino e depois lá do norte do Paraná.
O meu pai não nasceu pra viver em uma cidade pequena: se incomodava com tudo e com todos! Tinha horror de saber que em cidades como Ouro Fino todo mundo sabia da vida de todo mundo. Ele preferiu o anonimato dos barracos de Sobradinho e depois de Taguatinga. Só mudamos para o Plano Piloto quando eu e Vera já estávamos na Universidade de Brasília, em 1972. Lembro-me da minha mãe falando: Dário se a gente ficar aqui nesse buraco de Taguatinga Norte, nem namorado essas meninas vão arranjar! Claro que tudo mudou por lá também e Taguatinga não se acaba mais perto de onde morávamos.
Bem querido, a tecnologia está nos permitiundo esse encontro que será, eu creio, para o resto das nossas vidas.
Sabe uma lembrança muito fofa que eu tenho? Você e Martinha namorando, na grama do pátio lateral externo da Escola Normal, que se não me falha a memória ficava do lado da casa de seus pais. Eu ficava olhando: esse meu primo é lindão mesmo, quero um namorado que nem ele.
Eu e a Vera estudamos um segundo semestre em Ouro Fino (1963) porque meu mãe veio para Brasília encontrar-se com meu pai, trazendo apenas os dois meninos, Dante e Dário, ainda bebezões. A Vera ficou na casa do Tio Ângelo e eu na casa da minha madrinha, a tia Nair.
Bem ali, perto do gramado onde voces ficavam namorando, tinha uma quadra de terra mesmo, onde jogávamos um jogo parecido com Vôlei, o Câmbio, lembra-se? Era um Vôlei simplicado. Parece-me que podíamos pegar a bola e depois lancá- la pro campo adversário sem
obrigatoriamente rebatê-la.
Bem, um sintoma da velhice é se lembrar mais do passado do que aconteceu há três minutos. Já estou nessa fase.
Voltando a Bebel, até o ano passado (2007) ela morou em Bruxelas, onde tem maior oferta de apartamentos pequenos para estudantes ou casais jovens. O apartamento dela era uma gracinha. Agora, na Holanda, em Haia, mais especificamente, tudo é muito mais caro. E ela reparte o apartamento com um casal de músicos. Bem vou parar por aqui porque sou viciada em escrever e, quando vejo, já escrevi um jornal.
Beijos da Clara
Querido Paulo,
Acho que estamos todos de parabéns pelos fihos que temos. E os nossos pais, pelos filhos que tiveram. Afinal tudo o que temos, conseguimos com muita dedicação, suor e trabalho, não é mesmo? Sei que sua vinda e a da Martinha pra Brasília não foi fácil. Saíram daquele ninho, daquela cidade onde eram tão queridos para abrirem o próprio espaço aqui. Eu tive a vantagem de chegar com meus pais, sob as asas deles. E meus pais tiveram aqui a acolhida da Tia Lourdes, que Deus a tenha!!!
Infelizmente meus pais morreram muito cedo e sem a compreensão, sem a consciência da grande saga que foi a vida deles: expadiram nossos horizontes, nos deram um monte de oportunidades ao saírem com a cara e coragem, primeiro de Ouro Fino e depois lá do norte do Paraná.
O meu pai não nasceu pra viver em uma cidade pequena: se incomodava com tudo e com todos! Tinha horror de saber que em cidades como Ouro Fino todo mundo sabia da vida de todo mundo. Ele preferiu o anonimato dos barracos de Sobradinho e depois de Taguatinga. Só mudamos para o Plano Piloto quando eu e Vera já estávamos na Universidade de Brasília, em 1972. Lembro-me da minha mãe falando: Dário se a gente ficar aqui nesse buraco de Taguatinga Norte, nem namorado essas meninas vão arranjar! Claro que tudo mudou por lá também e Taguatinga não se acaba mais perto de onde morávamos.
Bem querido, a tecnologia está nos permitiundo esse encontro que será, eu creio, para o resto das nossas vidas.
Sabe uma lembrança muito fofa que eu tenho? Você e Martinha namorando, na grama do pátio lateral externo da Escola Normal, que se não me falha a memória ficava do lado da casa de seus pais. Eu ficava olhando: esse meu primo é lindão mesmo, quero um namorado que nem ele.
Eu e a Vera estudamos um segundo semestre em Ouro Fino (1963) porque meu mãe veio para Brasília encontrar-se com meu pai, trazendo apenas os dois meninos, Dante e Dário, ainda bebezões. A Vera ficou na casa do Tio Ângelo e eu na casa da minha madrinha, a tia Nair.
Bem ali, perto do gramado onde voces ficavam namorando, tinha uma quadra de terra mesmo, onde jogávamos um jogo parecido com Vôlei, o Câmbio, lembra-se? Era um Vôlei simplicado. Parece-me que podíamos pegar a bola e depois lancá- la pro campo adversário sem
obrigatoriamente rebatê-la.
Bem, um sintoma da velhice é se lembrar mais do passado do que aconteceu há três minutos. Já estou nessa fase.
Voltando a Bebel, até o ano passado (2007) ela morou em Bruxelas, onde tem maior oferta de apartamentos pequenos para estudantes ou casais jovens. O apartamento dela era uma gracinha. Agora, na Holanda, em Haia, mais especificamente, tudo é muito mais caro. E ela reparte o apartamento com um casal de músicos. Bem vou parar por aqui porque sou viciada em escrever e, quando vejo, já escrevi um jornal.
Beijos da Clara
Clara,
me lembrei de tudo o que descreveu de Ouro Fino, mas não sei por quê não me lembro de você e Vera em 1963 por lá. Acho que era de tanto que eu viajava para jogar futebol, naquela época. O campinho no pátio da Escola Normal era de terra mesmo, o jogo era parecido com o vôlei (câmbio) e o gramadinho que nós namorávamos era vizinho da casa onde eu morava. Enquanto isso, durante o recreio, a turma da Marilis fugia da escola pelo muro que dividia com nossa casa e era a maior fofoca, risadas e café com pipoca que a mãezinha fazia para a turma dela. Tempo bom para lembrar. E quanto mais lembrar dos detalhes, melhor, agora, que também é sinal dos novos tempos (idade + avançada) é mesmo. Mas não faz mal, esquecer sim é que seria ruim.
Um beijo do Paulo Afonsome lembrei de tudo o que descreveu de Ouro Fino, mas não sei por quê não me lembro de você e Vera em 1963 por lá. Acho que era de tanto que eu viajava para jogar futebol, naquela época. O campinho no pátio da Escola Normal era de terra mesmo, o jogo era parecido com o vôlei (câmbio) e o gramadinho que nós namorávamos era vizinho da casa onde eu morava. Enquanto isso, durante o recreio, a turma da Marilis fugia da escola pelo muro que dividia com nossa casa e era a maior fofoca, risadas e café com pipoca que a mãezinha fazia para a turma dela. Tempo bom para lembrar. E quanto mais lembrar dos detalhes, melhor, agora, que também é sinal dos novos tempos (idade + avançada) é mesmo. Mas não faz mal, esquecer sim é que seria ruim.
Gostei muito desse registro no seu blog. Voltar nesse tempo faz bem à saúde. A mente gira (será um computador lá dentro?)e dá sinal da nossa existência perfeitamente, que bom.
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