quarta-feira, julho 29, 2009

Rio - Como uma onda no mar...

O que se vive na cidade do Rio de Janeiro, não fica lá, nos acompanha pela vida inteira...
Fui poucas vezes à cidade, mas me lembro de cada uma delas. A primeira, logo depois de casada, com o Zé Romildo, em 1978. E fizemos todos aqueles passeios turísticos, inclusive fomos à Paquetá.
A segunda, em 1981, acho. Uma viagem a trabalho com minha amiga Sílvia Faria. Não me lembro nada das matéias que fiz, mas me lembro que ficamos num hotel do centro, o mesmo onde meu pai sempre se hospedava, também a trabalho, na Rua Senador Dantas. Me lembro das compras que fizemos em Copacabana.
Em 1983 estive lá novamente à trabalho com uma penca de jornalista que faziam a cobertura do Banco Central. Me lembro que andamos pela Lapa e que fomos a uma boate, onde dançamos muito Lulu Santos, como uma onda no mar... Um bebê já andava comigo ainda sem nome, ainda sem eu saber se era menino ou menina...

Em 1990, fizemos uma viagem de férias. Eu, o Zé e a Bebel. De fusca. Saimos de Brasília de madrugada, o Zé se perdeu pelo caminho e acabamos dormindo em São José do Rio Preto, em São Paulo. Depois disso, conseguimos retomar o caminho da praia e fomos até a Barra do Una, Maresias. Depois descemos até Angra, Parati e enfim,o Rio.

Lá ficamos em um hotelzinho muito fofo, onde Copacabana, imaginem vocês, é só sossego. Um hotel de portugueses, o Santa Clara, depois de uma pracinha. Ali o bairro já se parece, pelo menos parecia naquele tempo, uma cidade de interior. Abria-se a janela do quarto e já era mata e grandes pedras e de tudo vinha um frescor junto com cantos de passarinhos.

Depois de uns dias, nos transferimos para um hotel na Barra porque queríamos praia que desse para se entrar no mar. Antes aproveitamos os restaurantes de Copacabana e nos fartamos de comida boa e barata... Tínhamos referências de alguns deles e também éramos ciceroneados por um casal carioca que havíamos conhecido em Parati. Ela trabalhava com o arquiteto e designer Sérgio Rodrigues, irmão do escritor Nelson Rodrigues, e tive a oportunidade de ser apresentada a muitos de seus móveis famosos, como a cadeira Moleca, que na década de 60 ganhou prêmio em exposição internacional de Milão.
Depois estive lá para a cobertura da Eco- 92 que definiu a Agenda 21 que claro não deve estar sendo cumprida... Até o Fidel castro foi e conheci o barbudo. Tomei café-da-manhã, eu e uma penca de jornalistas, com o Collor, no lindo Palácio das Laranjeiras. Conheci com meus amigos Fred Krauser e Cristiano Romero o Cervantes de Copacabana.

Em novembro de 2000 estive lá com minha sobrinha Carol para esperar a amiga italiana Antonella Tanzine. E graças às mães de dois amigos de Isabel, João e Pedro, viramos o Rio do avesso. Almoçamos em um restaurante charmoso de Santa Tereza, no Mário's do Leme, na Confeitaria Colombo. E... estando em Ipanema tomando água de côco enquanto Antonella e Carol arriscavam mergulhos na água fria, vi o Chico Buarque andando no calçadão com o Sérgio Canzone per te Endrigo. Tadinho, já morreu!!!

Tenho que registrar aqui umas da mais impressionantes e controversas exposição sobre o barroco brasileiro, dentro das comemorações dos 500 anos do Brasil. Foi no Museu de Belas Artes e a exposição era um misto de procissão e desfile de carnaval.

Confesso que pisar sobre simbolos sagrados: ostensórios, cálices, castiçais não me foi fácil. Mas o impacto que me causou, valeu!! Naveguei extasiada por entre um mar de flores de papel crepom que variavam entre o rosa arroxeado e o muito roxo ao encontro de todas aquelas esculturas dramáticas, inclusive algumas de Aleijadinho.

Voltei ao Rio em 2004, a trabalho e como a reunião era no centro fui novamente à Colombo e à noite jantamos no Manoel e Juaquim. Poxa, faz tempo que não vou ao Rio. Já passa da hora de lá voltar.

Nas fotos, Bebel no Manoel & Juaquim , Lapa
Rio, julho de 2009

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