sexta-feira, junho 19, 2009

Viagem & Conversa - Amor de revistinha

A revista Sesinho foi a primeira da minha infância. Tinha a pretensão de ensinar, não apenas divertir. Fundada em 1947, três anos antes do meu nascimento, saiu de circulação em 1960, quando eu tinha dez anos.

A revista me chegou às mãos por um dos meus primos mais velhos, o Ronaldo, o Nado da tia Gracy. Ele tinha uma coleção que vivia guardada na prateleira mais de cima de uma estantezinha pregada na parede, sobre sua minúscula escrivaninha. Ali era seu santuário...

Ao me emprestar a revistinha para ler em casa, Nado despertava a fúria dos irmãos que, de posse das revistinhas, eram proibidos de se distanciar mais que um metro da estantezinha. Levá-las para fora ou mesmo para outro cômodo da casa, nem pensar!

Um dos personagens a publicação era um boneco, chamado João Bolinha. Eu me divertia com as histórias publicadas, poemas e jogos do tipo labirinto e de ligar pontinhos para fazer aparecer a figura.

Foi Nado também que me ensinou a fazer Palavras Cruzadas. Me carregava de cavalinho nas costas ou por sobre os ombros e eu o chamava de meu Anjo da Guarda. Quando me mudei pro Paraná lhe escrevi muitas vezes. Quando passei o segundo semestre de 1963, estudando em Ouro Fino, enquanto meus pais arrumavam a vida em Brasília, me deu aulas particulares de várias matérias.

Mas mesmo assim fiquei de segunda época, acabei não fazendo as provas porque meu pai foi me buscar em Ouro Fino antes que me perdesse para meus tios Osmar e Nair. Pato Donald e seus três sobrinhos levados da breca Tio Patinhas, Pateta, só viria a conhecer em Arapongas, Paraná. Aí eu já tinha sete anos. E, graças a mim, nosso cachoro ganhou o nome de Banzé, pesonagem dessas revistas.

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