Troldhaugen foi o lar do compositor norueguês Edvard Grieg e de sua esposa Nina Grieg. Este paraíso, um promontório com vista para Nordås Lake, que apresenta paisagem exuberante de excepcional beleza, fica nas redondezas de Bergen, a segunda maior cidade da Noruega e porta de entrada de seus mais belos fiordes. O projeto da casa, em estilo vitoriano, foi de um primo de Grieg, o arquiteto Schak Bull que se formou em Zurique, Suíça, mas voltou para trabalhar em Bergen, onde projetou também igrejas e prédios comerciais.
O nome Troldhaugen deriva de troll (nórdico antigo) que significa (gnomos) e Haug, colina. Segundo o próprio Grieg, as crianças da região chamavam aquele local de Colina dos Trolls e assim ele denominou a casa quando terminou de construí-la em 1985. Lá viveu com Nina, principalmente no verão, até sua morte em 1907. Nina mudou-se, então, para a Dinamarca, onde passou o resto da vida. Quando morreu, suas cinzas fora depositadas na mesma tumba de Grieg, escavada numa rocha.
Na sala principal pode ser visto o piano Steinway que Grieg ganhou de presente de bodas de prata em 1892. Hoje, o instrumento é utilizado para concertos privados ou em conexão com Festival Internacional de Bergen. Num pequeno móvel, um minúsculo troll descansa, o que nos faz pensar que todo norueguês tem um desses seres feiosos pra chamar de seu e lhe dar proteção. Além das casa, o terreno, junto ao lago, hoje abriga um restaurante, um museu, a cabana onde o compositor trabalhava, o túmulo dele e da mulher, além de uma sala de concertos com capacidade para 250 pessoas, completamente integrada à paisagem.
A Troldsalen oferece uma série de concertos nos meses de verão e outono. É uma sala elegante, bonita e de excelente acústica. As janelas do chão ao teto permitem ao público uma linda vista da cabana do compositor e do Nordås Lake. Paisagem que também pode ser contemplada degustando-se as delícias do Café do Edvard Griec Museum.
Em Bergen, não deixe também de conhecer o Grieg Hall, um edifício negro envidraçado, em forma de um piano de cauda, bem no centro, perto do Mercado de Peixes, outro ponto obrigatório. Foi inaugurado em 1978, quase dez anos depois do lançamento da pedra fundamental. A obra ficou paralisada cinco anos, devido a vários ajustes orçamentários. Anualmente, no verão, é a sede do Grieg Festival, o principal evento artístico da cidade, que atrai instrumentistas e público do mundo inteiro. São várias semanas de programação, abrangendo dezenas de tipos de concertos.
Publicado em 23/08/2015 no Blog do Matheus Leitâo (G1|)
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